Quase trinta anos depois de
estrear no
West End, em Londres,
Cats chegou à São Paulo, e com a perfeita qualidade das peças da Broadway. O musical já tinha passado pelo Brasil antes, em uma
turnê mundial com artistas estrangeiros e peça toda cantada em inglês; mas a versão oficial brasileira é até melhor na minha opinião.
Vamos começar com as músicas. Acostumado com as versões originais, achei que as traduções de
Toquinho seriam uma porcaria. Mas não foram. Embora a letra não seja
exatamente a tradução da original, elas conseguem contar a história muito bem, e em duas delas há uma inclusão bem
abrasileirada, e que se encaixou perfeitamente.
Mungojerrie and Rumpleteazer são dois gatos ladrões de casas ricas, e em sua música em português nos contam que passaram por lugares desde a Vila Nova Conceição até o
Morumbi! (bairros bons de São Paulo) Já
Gus, o gato do teatro, que faz uma sessão nostalgia e nos conta como já fez sucesso nos palcos de teatro em sua juventude, nos revela que já
atuou com "Fernanda e Paulo
Autran"! Até
Memory, principal canção do
espetáculo, que achava impossível de fazer algo à altura do original, me
surpreendeu.
A
coreografia é quase impecável, com apenas uma falha. Alguns gatos andam com os braços arqueados, coisa que gato nenhum na minha cabeça tem. Braços esses, que apelidei de "Braços de C-3
PO". Mas, tirando isso, todos são muito bem coordenados, e dançam muito!, mas muito mesmo! Atenção para o mágico
Mr.
MistoffeleesO cenário é um
lixão, onde os gatos se encontram, e é praticamente o mesmo durante toda a peça, mas suas partes se movem um pouco e coisas são adicionadas de acordo com cada cena. Mas o
tamanho é
proporcional ao
tamanho dos gatos, então os
objetos são maiores do que o normal.
A história em si, não é lá grande coisa. Na verdade, nem é muito boa. Todo ano os gatos
Jellicle se juntam para eleger um gato da tribo para renascer. E é isso. Só isso. O primeiro ato inteiro consiste em apresentar os gatos da tribo, cada um com sua música, e o segundo... também!!! Mas no segundo há a revelação de quem irá reencarnar. Durante o intervalo, o personagem
Old Deutoronomy fica sentado no palco. Na versão original que vi, deixavam o coitado lá por 20 minutos, já na
verdsão brasileira, é permitido subir no palco e conversar com o
ator Saulo Vasoncelos, que esbanjando simpatia, me contou um pouco também de como foi fazer A Fera em
A Bela e A Fera, e o
Fantásma n'
O Fantásma da Ópera. quem quiser saber um pouco mais sobre ele pode
acessar seu site oficial
aqui.
O teatro em que está em cartaz, é o Teatro Abril, na Brigadeiro
Luiz Antônio. Um teatro excelente pois, de qualquer ângulo que você se encontra sentado, consegue ver a peça bem. Mesma que há uma velha do seu lado que fique falando durante a peça e que não deve sair muito, por isso se entope de perfume quando o faz.
No total,
Cats é uma
superprodução divertidinha e
gostosa de se ver, com músicas boas e que depois ficam na cabeça. É uma peça que tem que se ver ao menos uma vez na vida (ou duas :p).
http://www.musicalcats.com.br/fotos:
UOLmúsica:
Prologue: Jellicle Songs for Jellicle Cats